"A VERDADE PODE NÃO SER O QUE AS PESSOAS QUEREM, MAIS É O QUE ELAS PRECISAM!"

"A VERDADE PODE NÃO  SER  O QUE AS PESSOAS QUEREM, MAIS É O QUE ELAS PRECISAM!"

Carrocel

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terça-feira, 8 de setembro de 2015

JETRO UM CONSELHEIRO ESPECIAL




“O indivíduo que nunca muda de opinião jamais corrige seus erros. O fato é que o caminho do sucesso está sempre em construção.”

Texto Básico: Êxodo 18

Felizes são aqueles que têm em seu círculo mais íntimo de amizade ou em sua família, pessoas como Jetro. Alguém capaz de nos auxiliar, de nos fazer enxergar as ameaças que nos rondam. Devemos louvar a Deus pelas pessoas que Ele tem enviado para nos auxiliar nas jornadas desta vida. Devemos, ainda, considerar a possibilidade de sermos pessoas como Jetro na vida dos outros. Salomão sabiamente afirmou: [1]“Quando não há sábia direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança”.

QUEM FOI JETRO

Jetro (Excelência) viveu por volta do ano 1500 a.C. Foi sacerdote e príncipe de Midiã. Também era chamado de Reuel (Êx 2.18). Tinha sete filhas, entre elas Zípora, que veio a ser a esposa de Moisés. Jetro era um homem sábio, observador e hospitaleiro. Moisés passou quarenta anos em sua companhia antes de seguir para libertar o povo de Israel. Após Moisés retirar o povo do Egito, Jetro o visitou no acampamento no deserto. Ele ficou animado com as boas notícias, mas percebeu que Moisés estava trabalhando demais, fazendo tudo sozinho. Por isso aconselhou Moisés a nomear assessores para dividir as responsabilidades. Ele é considerado um dos primeiros consultores gerenciais da história bíblica. As chamadas “leis de Jetro” ainda hoje influenciam líderes em todos os segmentos gerenciais.

   Nosso objetivo nesta lição será destacar as características pessoais de Jetro que nos permitem defini-lo como um homem muito especial.

1. ESPIRITUALIDADE (v.12)

   Jetro demonstrou seu temor a Deus quando avisado por Moisés que o Senhor lhe dera uma missão. Não houve questionamentos (Êx 4.18). Após a saída do povo do Egito, Jetro soube reconhecer que todos os fatos eram provenientes do poder de Deus. “Então Jetro, sogro de Moisés, tomou holocaustos e sacrifícios para Deus”(18.11,12).
Tudo em nossa vida deveria ser uma consequência natural da nossa comunhão com Deus. [2]“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é entendimento”.Somente os homens e mulheres espirituais, que temem a Deus, conseguirão enxergar os valores de cima (Cl 3.1) e poderão influenciar outros a saírem de onde estão para onde Deus quer que elas estejam (Gl 6.1).
   Segundo o diretor do Instituto para o Desenvolvimento de Igreja, Christian A. Schwarz [3]“O aspecto que de fato diferencia igrejas que crescem de igrejas que não crescem, é se os crentes de uma determinada igreja vivem a sua fé com dedicação, paixão, fogo e com entusiasmo”. Uma espiritualidade contagiante é uma marca de qualidade indispensável na vida de qualquer cristão e consequentemente das igrejas. Está diretamente relacionada com o tempo investido em oração, na leitura da Bíblia, no viver e compartilhar a fé com entusiasmo (2Cr 7.14).

2) SABEDORIA

Como é importante a manutenção dos relacionamentos saudáveis na família. Jetro e Moisés se respeitavam (v.7). Nutriam um relacionamento afetivo saudável. Havia carinho entre eles e isso foi uma porta aberta para a influência de Jetro sobre Moisés.Jetro demonstrou sabedoria ao reconhecer que Moisés, na melhor das intenções, estava longe da família e trabalhando além de suas possibilidades (v.5,17). Sua escala de valores estava invertida.
   Vivemos numa sociedade de consumo, em que muitas pessoas só pensam em trabalhar e ganhar mais dinheiro para consumir. Nós, os servos de Deus, que temos a Bíblia como nossa única regra de fé e prática, não podemos entrar nesta ciranda nociva à saúde espiritual e familiar. Precisamos viver aquilo que a Palavra de Deus nos orienta, mesmo que para isso precisemos nos privar de alguns bens ou títulos. Precisamos de pessoas como Jetro para nos fazer lembrar algumas orientações que estão na Palavra de Deus. 
·       Marido e Mulher devem permanecer juntos (Mc 10.6-9; 1Co 7.5,6);
·       Pais devem dedicar tempo na orientação dos filhos (Dt 6.5-8; Ef 6.4);
·       Não podemos abandonar nosso lar (1Tm 5.8);
·       Devemos cultivar uma vida simples e dependente de Deus (Hb 13.5; Mt 6.31-33).
      Os conselhos sábios de Jetro foram fundamentais para que Moisés conseguisse permanecer saudável diante do povo de Israel.

3. EQUILÍBRIO

   Moisés estava trabalhando demais. Havia, sem perceber, perdido a razão. Todos corriam sérios riscos. Jetro não hesitou em perguntar: “Que é isto que tu fazes ao povo?”. Mas Moisés tinha na ponta da língua as suas justificativas para tamanha tolice. Segundo ele, tudo o que estava fazendo estava relacionado com o interesse do povo pela vontade de Deus (v. 15,16). Mesmo com uma explicação aparentemente tão espiritual, Moisés ouviu de Jetro as seguintes palavras: “Não é bom o que fazes” (v. 17). O sábio Jetro após um tempo de observação havia detectado pelo menos duas ameaças em consequência dos atos de Moisés (v. 14):
·       Esgotamento pessoal;
·       Esgotamento de terceiros.
   O conselho de Jetro foi em direção ao equilíbrio. Moisés deveria dividir a carga e compartilhar responsabilidades com os demais homens que demonstrassem capacidade, temor a Deus, veracidade e integridade. Moisés foi obediente (v. 24) e fez conforme o conselho do seu sogro. O resultado foi tão bom que Moisés conseguiu continuar a sua jornada.
Essa é uma lição que deveríamos aprender e colocar em prática todos os dias. Quantos saem por aí se autodestruindo e ainda prejudicando terceiros por falta de equilíbrio. Pessoas que perderam a razão e mesmo assim têm sempre uma boa justificativa para tamanhas tolices. Quantas famílias carecendo da presença de um pai ou até mesmo uma mãe que saiu pelo mundo de forma desequilibrada. Filhos abandonados ou aos cuidados de terceiros, enquanto seus pais estão por aí “conquistando” bens, títulos, etc.
A sabedoria nos conduz a respeitarmos a escala de valores como peneiras em que devemos passar cada proposta. Mesmo sabendo que é impossível criarmos um padrão que contemple todas as situações, estamos propondo que antes de dizer sim, sejam feitas as seguintes perguntas, conforme a ordem indicada:
1°)DEUS –  O que Deus acha disso? O que a Palavra de Deus diz sobre isso? Está de acordo com os princípios cristãos?
2°)VOCÊ – O que você  está achando disso? Está em paz? Sente-se realizado? Já orou por isso? Ouviu a resposta de Deus?
3°)FAMÍLIA – O que sua família pensa sobre o assunto? Vai prejudicar o cônjuge? Os filhos? Vai separar a família por um tempo indevido? Vai causar transtornarmos capazes de ameaçar o equilíbrio e harmonia familiar?
4°)TRABALHO – Será possível continuar conseguindo o sustento? Tem a possibilidade de se realizar como profissional? É uma atividade lícita e em conformidade com a vida cristã?
5°)IGREJA – Conseguirá realizar o seu ministério? Terá tempo para se desenvolver espiritualmente? Conseguirá caminhar alegremente com a família para casa do Senhor?
Qualquer inversão será fatal e prejudicará as partes envolvidas. Precisamos ter coragem para avaliar nossas atitudes mesmo que para isso o Senhor tenha que colocar em nosso caminho pessoas como Jetro para nos dar alguns toques em nome de Deus. Quer ser feliz? Aprenda a planejar e avaliar suas decisões baseando-se no manual, que é a Palavra de Deus. [4]“Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, (...) Ao contrário, sua satisfação está na lei do Senhor, e nessa lei medita dia e noite. (...). Tudo o que ele faz prospera!”

PARA PENSAR E AGIR

   Jetro apresentou um caminho seguro para Moisés, que exigiu dele decisões imediatas. Ao responder positivamente aos conselhos que acabara de ouvir, Moisés deu passos seguros em direção ao equilíbrio. O resultado foram dias melhores para todos. De nada adiantaria ter Jetro por perto se o coração de Moisés permanecesse irredutível e obstinado a fazer apenas o que ele achava ser o melhor. 
Deus também tem colocado pessoas espirituais, sábias e equilibradas em nossa vida para nos auxiliar. Essa é a parte de Deus. O que fazemos com o que ouvimos é a nossa parte. Pessoas sábias partem para fazer o que tem que ser feito. Falhamos de verdade quando não aprendemos com a experiência. Deveríamos fazer conforme lemos em Hb 2.1: “...é preciso que prestemos maior atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos”.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM CLASSE

1. Qual a sua visão sobre os conselheiros? São importantes? Já procurou algum? Foi bem-sucedido? Decepcionou-se?

2. O que tem levado as pessoas a negligenciarem a escala de valores? Quais os males decorrentes deste equívoco?

Fonte: John L. Mason





[1]Pv 11.14.
[2]Pv 9.10
[3]SchwarzChristian A.O desenvolvimento Natural da Igreja. Editora Esperança. Curitiba. 1996.
[4]Sl 1.1-3. 
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